Coordenado pela Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (SMPUH) e pela Secretaria Municipal de Transporte e Mobilidade Urbana (SMTMU) em conjunto à Tc Urbes, o Plano Cicloviário e de Mobilidade Ativa de Suzano é apresentado com o objetivo de capacitar o Poder Público Municipal, e a sociedade, a adotar meios de locomoção alternativos ao transporte individual motorizado, que sejam não poluentes, de custo acessível e baixo impacto sobre o ambiente urbano, de forma segura e inclusiva.

O Plano consiste, então, em um levantamento de dados sobre o município, formando o Diagnóstico, e um conjunto de estratégias, que indicam instrumentos para o planejamento necessário. Na primeira etapa do Plano de Ação, foi realizado um vasto levantamento de informações gerais sobre o município e sobre as condições de circulação, estacionamento, gestão e uso do transporte cicloviário. O Diagnóstico configura a base de referência para a avaliação do setor da mobilidade urbana cicloviária na cidade e para a consolidação da definição das Diretrizes de Planejamento, na etapa seguinte do Plano. Apresenta, portanto, uma análise de elementos determinantes da mobilidade cicloviária: aspectos urbanos; aspectos físicos/naturais; aspectos demográficos; aspectos jurídicos; aspectos institucionais e aspectos da mobilidade. Essas foram complementadas por vistorias e levantamentos de campo, conforme necessidades identificadas ao longo dos trabalhos.

Deste modo, O Plano Cicloviário e de Mobilidade Ativa de Suzano propõe construir 108 km de ciclovias na área urbana integrada com a infraestrutura urbana, gestão municipal e ações educativas complementares. Visto que, além do preço acessível, muitas são as vantagens da bicicleta sobre as outras opções de transporte, como a contribuição para a melhoria da saúde dos usuários; é um meio de transporte e instrumento de lazer ao mesmo tempo; não requer combustível e, energeticamente, é mais eficiente que os demais veículos e sua flexibilidade de uso é a mais elevada entre todos os modos mecanizados de transporte.

SEGURANÇA

Cidades devem implementar infraestruturas cicloviárias que proporcionem trajetos seguros para ciclistas de todas idades e habilidades. Devem também estar em harmonia com o ambiente construído, livres de obstáculos e/ou detritos.

CONFORTO E QUALIDADE

Proporcionar instalações que ofereçam tranquilidade aos ciclistas menos confiantes, com qualidade infraestrutural, de forma que a regularidade da superfície, boa drenagem e a arborização das vias possam contribuir para um trajeto agradável.

CONECTIVIDADE

A Malha Cicloviária deve ser contínua e conectada, de forma que os ciclistas possam chegar a seus destinos, podendo variar a tipologia durante o percurso, de forma que cubra todos os bairros, oferecendo acesso igualitário à estas infraestruturas.

DIRETRIZES

  • Prioridade para o transporte público coletivo sobre o transporte individual motorizado

  • Integração entre os modos de serviços de transporte urbano

  • Segurança nos deslocamentos das pessoas

  • Redução das desigualdades e promoção da inclusão social.
GESTÃO

Como forma de centralizar a gestão do Plano Cicloviário e de Mobilidade Ativa, e garantir sua implementação integral e de forma continuada, é sugerida a criação de uma Unidade de Gestão da Mobilidade Ativa (UGMA).

A centralização da gestão é imprescindível para garantir o diálogo e a integração entre os órgãos municipais, com o objetivo de efetivamente implementar este Plano.

EDUCAÇÃO

  • Campanha de orientação dos motoristas para respeito às bicicletas e ao espaço cicloviário

  • Campanha de orientação dos ciclistas sobre comportamentos seguros na circulação e uso adequado do espaço cicloviário

  • Campanha de orientação dos pedestres sobre comportamentos seguros na convivência no espaço cicloviário
MEIO AMBIENTE

  • Drenagem: Não haver acumulo de água nas ciclofaixas ou ciclovias;

  • Os elementos de drenagem não podem ser um perigo aos ciclistas.

  • No momento da execução de uma ciclovia e ciclofiaxa, deve-se estar atendo a inclinação dela.

  • É preciso que as águas pluviais escoam em direção a valeta (sarjeta) para que possam ser captadas por boca-de-lobo ou boca-de-leão. Para isso a inclinação da ciclovia ou ciclofaixa deve ser de 2%.

5,64 KM DE CICLOVIAS JÁ IMPLANTADAS


5,29 KM DE PROJETOS EM OBRAS, OU EM PROCESSO DE LICITAÇÃO PELO PODER PÚBLICO MUNICIPAL


108 KM DE CICLOVIAS PROPOSTAS + ROTA TURÍSTICA

ROTA TURÍSTICA

Através da execução do Plano Cicloviário, o município de Suzano pode ser uma conexão entre os que utilizam a Companhia Paulista de Trens Metrpolitanos (CPTM) para fazer a Rota Caminho do Sal utilizando bicileta, incrementando as possibilidades de uso da Rede Cicloviária. A Rota Caminho do Sal começa no km 39,5 da Rodovia Caminho do Mar e segue por 15,5 km pela Estrada Mogi das Cruzes, tendo no caminho represa, área de montanha e um belo mirante de onde se pode ver o mar. No enontro da Estrada Mogi das Cruzes com a SP-122 começa o trecho considerado mais fácil. São os 10 km do Caminho dos Carvoeiros que terminam na Vila de Paranapiacaba.


TRANSPOSIÇÃO INTERMUNICIPAL

Existe uma clara falta de comunicação entre a área urbana ao sul com a área urbana ao norte do Rio Tietê. A única via de ligação dentro do perímetro municipal de Suzano ocorre na Avenida Vereador João Batista Fitipaldi. A construção de uma nova via de ligação cruzando o Tietê é dificultada justamente pela área de proteção ao rio. Com base nas questões colocadas, estabelece-se como diretriz a instituição de uma nova via de ligação. Uma parceria com o município de Poá, lindeiro leste a Suzano, poderia resultar na construção de um novo caminho cicloviário encurtando a trajetória para os usuários de bicicleta da porção oeste do Município de Suzano.

REDE CICLOVIÁRIA NA DINÂMICA URBANA E TIPOLOGIAS

Os pedestres, ao caminharem, estão em contato direto com o local, e logo existe maior apreciação de vitrines, podendo ser uma possibilidade para incrementar os comércios locais. Assim como o pedestre, o ciclista também possui esta maior flexibilidade. A bicicleta possui maior flexibilidade, em relação aos automóveis e motocicletas, de conseguir parar na maioria dos ugares, sem muitas dificuldades. Além disso, consegue cobrir espaços curtos de trajetos em menor tempo.

As tipologias se caracterizam por ser a base padrão para a implantação da estrutura cicloviária. O Plano propõe uma série de tipologias de acordo com o espaço, localização e função de cada via.

Veja alguns exemplos de tipologias adotadas:

Além das tipologias viárias, também foram pensados em alguns modelos de cruzamentos, sempre de acordo com as possibilidades de cada via.

O vídeo abaixo mostra um pouco mais das recomendações de projeto e como podemos construir intervenções seguras e atrativas


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